A Tencent Cloud, braço de computação na nuvem da gigante chinesa dona do WeChat, tem duas prioridades no Brasil atualmente: a busca de oportunidades diretas com clientes de grande porte e o investimento no seu ecossistema de canais.
“Nossa estratégia é dividida. Uma parte é desenvolver oportunidades enterprise, de grandes contas que eventualmente nem necessitam de um parceiro porque elas já têm um time de TI pronto. A outra é investir em parcerias com canais especialistas, que vão certificar os arquitetos deles e revender a nuvem”, conta Erick Schanz, líder da Tencent Cloud no Brasil.
A empresa está há pouco tempo no país, onde ainda tem uma presença discreta. Seu data center local foi inaugurado em Santana do Parnaíba, São Paulo, em novembro de 2021. Na época, a região de nuvem começou sendo utilizada somente pelos clientes internacionais e pelos workloads de jogos da própria Tencent.
Ao mesmo tempo, foi construída uma infraestrutura de rede de distribuição de conteúdo (CDN, na sigla em inglês) com 22 Pontos de Presença (PoPs) geograficamente distribuídos para acelerar a entrega de dados.
O time da Tencent Cloud no Brasil começou a ser estabelecido só em agosto de 2022, com a entrada de Schanz, um executivo com 20 anos de experiência na também chinesa Huawei, sendo oito deles em cargos de gerência na área de nuvem.
Hoje, a empresa conta com 15 pessoas para atender o país, com uma equipe de vendas completa e um time técnico em construção.
“Consideramos quem está no Brasil e nos Estados Unidos, mas esse time é muito maior do que 15 pessoas. A gente tem todo o apoio de um suporte unificado, do mesmo jeito que outros provedores de nuvem”, conta Schanz.
A companhia não abre os nomes de clientes locais, mas já conta com mais de 15 no portfólio. Na maior parte, são organizações voltadas para games, CDN e governo. Globalmente, a lista conta com nomes como Schell, Walmart, Airbnb, Shopee, Airbus, GE Healthcare e Microsoft.
“Temos alguns negócios fechados, mas a gente vem fazendo muito piloto, muita prova de conceito com clientes grandes. Então, o momento nosso é esse, estamos começando a escalar agora em vendas e crescendo o nosso pipeline para começar a colher os frutos ainda neste semestre”, resume Schanz.
Já o número de parceiros no Brasil passa de 10, cobrindo estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Entre eles, estão a EDS, que tem forte presença no governo, e a Domy, gaúcha sediada no Instituto Caldeira, onde Schanz esteve palestrando nesta semana.